Fazer o que gosta ou fazer o que dá lucro, eis a questão! Para muitos empreendedores, essa é uma questão crucial na hora de decidir qual caminho seguir. Alguns acreditam que é fundamental aliar a paixão aos negócios, enquanto outros defendem que o foco deve ser no retorno financeiro. Neste artigo, pretendo discutir os prós e os contras de cada uma dessas opções, assim como apresentar exemplos e casos de sucesso que podem ajudar a direcionar essa escolha.
Muitas pessoas têm o desejo de construir um negócio em torno daquilo que o ministro amam fazer. Afinal, trabalhar com algo que se tem paixão é extremamente gratificante e promover uma sensação de realização pessoal. Além disso, quando se faz o que gosta, é possível ter uma motivação intrínseca que impulsiona o empreendedor a persistir em momentos difíceis.
Um exemplo de sucesso nesse sentido é a empresa de cosméticos The Body Shop, fundada por Anita Roddick. Ela tinha uma paixão por produtos ecológicos e livres de crueldade animal, o que a levou a criar uma empresa com valores sistemáticos aos seus princípios. A empresa obteve sucesso financeiro, mas foi principalmente a paixão pela causa que a impulsionou.
No entanto, fazer somente o que se ama pode apresentar desafios. Um deles é a possibilidade de não ter demanda suficiente para tornar o negócio viável financeiramente. Por exemplo, uma pessoa pode adorar fazer artesanato, mas se o mercado não estiver receptivo a esse tipo de produto, pode ser difícil gerar lucro suficiente para sustentar o empreendimento. Além disso, pode acontecer de a paixão pelo que se faz diminuir ao transformar isso em um trabalho, visto que muitas vezes os executivos precisam lidar com obrigações, cobranças e outras questões que podem diminuir o prazer inicial.
Por outro lado, há quem defende que é mais sensato focar em atividades que têm maior potencial de lucro. Afinal, o objetivo do empreendimento é, muitas vezes, obter retorno financeiro. Existem inúmeros exemplos de negócios que foram criados visando exclusivamente o lucro e que se tornaram gigantes mundiais, como a Microsoft, fundada por Bill Gates. Ele identificou uma oportunidade no mercado de software e criou uma empresa controlada para isso, mesmo sem ter uma paixão prévia pela área. O resultado é inquestionável, o sucesso financeiro foi estrondoso.
Ao escolher fazer algo que dá lucro, o empreendedor pode ter uma maior segurança financeira desde o início do negócio. Isso pode permitir a expansão, a contratação de mais colaboradores e o investimento em melhorias contínuas. Além disso, ele pode adquirir o conhecimento necessário para atuar em outras áreas que podem ser igualmente lucrativas. A habilidade de identificar oportunidades de negócios e atuar nelas pode ser uma característica fundamental nesse caso.
No entanto, é importante ressaltar que empreender buscando o lucro pode levar a uma falta de motivação e, consequentemente, à falta de engajamento e comprometimento com o negócio. Pessoas que não têm sintomas com o que fazem podem acabar desistindo quando surgem os primeiros obstáculos, uma vez que não possuem uma motivação intrínseca para persistir.
Em suma, fazer o que gosta ou fazer o que dá lucro é um dilema enfrentado por muitos empresários. Ambas as opções possuem vantagens e proteção, e a escolha deve ser baseada na análise de diversos fatores, como demanda de mercado, habilidades pessoais e motivadas. Acredito que o ideal seja buscar o equilíbrio, encontrar uma área na qual se tenha tido e que também tenha potencial financeiro. Dessa forma, é possível conciliar a paixão pelo negócio com a obtenção de resultados sólidos.
Citações:
1. Ross, J. (2015). The Body Shop: da pobreza à riqueza? Disponível em: https://www.gsb.stanford.edu/insights/jennifer-rags-riches
2. Harvard Business School. (2004). Bill & Melinda Gates Foundation Copyspace 2. Disponível em: https://www.hbs.edu/faculty/Pages/item.aspx?num=28757
3. Sahle, D. (2018). Faça o que você ama ou o que vale a pena: uma análise crítica das dimensões éticas da prática de design empreendedor de consumo no Japão. Open Journal of Social Sciences, 6(05), 223-238.
4. Cardon, MS, Foo, MD, Shepherd, D., & Wiklund, J. (2012). Explorando o coração: a emoção empreendedora é um tema quente. Teoria e Prática do Empreendedorismo, 36(1), 1-10.